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sexta-feira, 29 de maio de 2009

Apague a Luz


Apague a luz!( Dias intermináveis e a sua saúde)
Em Apague a luz, provamos que a obesidade e os principais assassinos relacionados a ela – doenças cardíacas, diabetes e câncer – são causados por noites curtas, por trabalhar durante horas ridiculamente longas, por, literalmente, queimar a vela nas duas pontas – e pela eletricidade, que nos permite fazer tudo isso. A causa, com toda a certeza, não é comer gordura demais ou a falta de exercício.

Quando o dia mais longo, criado pelos ciclos artificiais de claridade e escuridão se tornou a norma, há apenas setenta anos – com o uso indiscriminado das lâmpadas elétricas – obesidade, diabetes, doenças cardíacas e câncer de repente se tornaram as causas oficiais de morte nos relatórios dos investigadores públicos.
Desde que essas doenças começaram a aparecer como as principais causas de morte, por volta de meados do século, os esforços por parte da ciência e da medicina para explicar o impressionante aumento de casos nunca examinaram qualquer outra mudança ambiental gritante, a não ser a dieta.

A maior mudança pela qual os seres humanos passaram, nos últimos 10 mil anos, aconteceu há menos de setenta anos. A eletricidade e o uso indiscriminado da lâmpada elétrica figuram, ao lado da descoberta do fogo, do advento da agricultura e da descoberta do tratamento com antibióticos, entre os marcos sem retorno na história da humanidade.

Em 1910, um adulto ainda dormia de nove a dez horas por noite. Hoje, esse adulto tem sorte se consegue dormir sete horas por noite. A maioria de nós não consegue. Esses números significam quinhentas horas a mais acordados por ano. Na natureza, dormiríamos 4.370 horas de um possível total de 8.760, ou metade de nossas vidas. Há oitenta anos, já tínhamos caído para 3.395 horas. Agora, temos sorte de atingir umas parcas 2.255 horas. Se a natureza conta o nosso tempo, e apostamos que sim, isso significa que só chegamos a viver a metade do que viveríamos. Talvez tenhamos dobrado esses números com cirurgias e antibióticos, mas imagine o quanto mais poderíamos viver se também dormíssemos

Nos últimos trinta anos, desde 1970, encontramos novas paixões para acrescentar às antigas: fazer exercícios, ir ao médico, agüentar um tráfego cada vez mais ensandecedor, assistir a 150 canais e a filmes de verdade na TV a cabo, além dos mais recentes bandidos: e-mail e eBay. Não admira que não sobra tempo para dormir ou cuidar das crianças.


A ciência do ritmo circadiano explica tudo. Todos os mistérios podem ser desvendados. Neste livro, examinamos as evidências científicas através das lentes da biologia evolutiva e da biofísica. Os mapas moleculares nos mostram o caminho de casa e nos contam de novo o que sempre soubemos. O sono controla o apetite, e o apetite e o estresse controlam a reprodução. Dormir, comer e fazer amor controlam o envelhecimento.

Os hormônios melatonina e a prolactina são atores fundamentais em nossa conexão mente-corpo-planeta. Eles se comunicam com o sistema imunológico e com o sistema de metabolização de energia, em relação aos ciclos de luz-e-escuridão. A insulina e a prolactina orquestram a química cerebral que governa a serotonina e a dopamina no cérebro, para controlar nosso comportamento e estado de espírito. Serotonina e dopamina controlam o comportamento em relação à comida e ao sexo. Resultado: pouco sono faz você ficar gordo, faminto, impotente, hipertenso, canceroso, e com o coração doente.

A energia solar é a catalizadora de todo tipo de vida. A quantidade de luz que age sobre você informa os “controles” do seu “sistema” sobre a rotação e a órbita do planeta em que vivemos. Esse posicionamento global ajuda nossos sentidos a ficarem de olho no estoque de alimentos.

É essa comunicação cósmica que nos diz, desde o início dos tempos, quando comer, o que comer e quando reproduzir, para maximizar a comida disponível. Nós e todos os outros organismos neste planeta evoluímos com o giro do planeta – dentro e fora da luz do sol.

E ninguém menos do que o National Institutes of Health confirma que é um “dado” científico dizer que os ciclos de luz-e-escuridão:

• ligam e desligam a produção de hormônios
• ativam o sistema imunológico
• determinam a liberação diária, particularmente a sazonais, dos neurotransmissores

Acabamos de dizer que, anos e anos atrás, nós existíamos em sincronia com todos os ciclos biofísicos e ritmos da natureza. Hoje, não apenas controlamos o estoque de alimentos, mas também fazemos retroceder a noite e o tempo. Neste livro dizemos qual é o preço que estamos pagando por querer brincar de Deus.

Aqui está a conta: a infindável luz artificial com a qual convivemos é registrada, em nosso relógio interno, igual aos longos dias de verão, porque a noite nunca cai e o inverno nunca chega. Como mamíferos, somos teleguiados para armazenar gordura durante a exposição a dias longos e depois dormir – um pouquinho – ao menor sinal de fome.

Só que agora não dormimos e também não sentimos fome; pelo menos, não temos fome de carboidratos. É por isso que estamos gordos e ficamos cada vez mais gordos. Afinal, é sempre verão!
Enquanto o fogo, com sua luz, estendeu nosso dia o suficiente para afetar o intelecto e a reprodução, a eletricidade ilimitada pode simplesmente acabar com a gente.

Quando perguntamos ao Dr. Thomas Wehr, o chefe do departamento que estuda os ritmos sazonais e circadianos no NIH em Washington, se ele achava que a população tinha o direito de saber que com menos de nove horas e meia de sono por noite – ou seja, no escuro – as pessoas a) nunca serão capazes de deixar de comer açúcar, fumar e beber álcool; e b) com grande margem de certeza desenvolverão uma das seguintes condições: diabetes, doenças cardíacas, câncer, infertilidade, doença mental e/ou envelhecimento precoce, ele respondeu:”Bem, sim, ela tem o direito de saber. E deve ser informada; mas isso não vai mudar nada. Ninguém vai apagar mesmo as luzes...”
Talvez não.
Afinal, a luz é sedutora. Quanto mais tempo ficamos acordados, mais aprendemos. É por isso que os americanos são os melhores e os mais brilhantes – e também os mais doentes do mundo.

(fonte: trecho do livro – Introdução – “Apague a Luz”!, pág 13 a 19).

LIVRO:
“Apague a luz!” Durma melhor e: perca peso, diminua a pressão arterial e reduza o estresse, Bent Formby e T. S. Wiley, 384 páginas, Rio de Janeiro, Editora Campus, 2000.

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Com base em uma pesquisa minuciosa, colhida no National Institutes of Health (Instituto Nacional de Saúde), T.S.Wiley e Bent Formby apresentam descobertas incríveis:os americanos estão doentes de cansaço. Diabetes, doenças do coração, câncer e depressão são enfermidades que crescem em nossa população e estão ligadas à falta de uma boa noite de sono.

Quando não dormimos o suficiente, em sincronia com a exposição sazonal à luz, estamos alterando um equilíbrio da natureza que foi programado em nossa fisiologia desde o Primeiro Dia. T.S.WILEY e BENT FORMBY, Ph.D., são pesquisadores que trabalharam juntos no Sansum Medical Research Institute em Santa Barbara, na Califórnia – o centro de pesquisas de ponta sobre diabetes desde que a insulina foi sintetizada pela primeira vez, lá mesmo, na década de 1920.

Num mundo cheio de estímulos em que se trabalha longas jornadas, onde temos supermercados e shoppings abertos até tarde, internet com tudo o que se pode resolver on-line ( banklines, e-mails pessoais e profissionais), onde tem luz artificial, néons e letreiros piscando a noite toda, onde a vida social começa tarde e se prolonga noite adentro, numa cidade em que é hábito se jantar tarde, com os encantos da televisão e da calma da noite ( que é qdo muita gente acha um momento mais tranquilo pra ler, estudar, cuidar da casa,colocar e-mails em dia, resolver coisas,fazer exercícios, fazer cursos....


Vc consegue ir pra cama cedo e seguir, no máximo possível, nosso ciclos naturais?!

Vc consegue se alimentar qdo tem fome ou por motivos profissionais ou pessoais tem que ignorar os sinais que o seu corpo dá?

Vc escuta o seu organismo no primeiro bocejo ou dá uma forçadinha e termina perdendo o sono?

Pelo visto nas pesquisas, ser verdadeiramente bom de cama é ser esperto: dormir ao máximo enqto é noite lá fora!!!! ;-)
(texto postado pela Analu, na com. do Orkut, bacana, obrigada Ana)